domingo, 29 de agosto de 2010

Quanto dura um casamento?

Naquela noite, enquanto minha esposa servia o jantar, eu segurei sua mão e disse: "Tenho algo importante para te dizer". Ela se sentou e jantou sem dizer uma palavra. Pude ver sofrimento em seus olhos.


De repente, eu também fiquei sem palavras. No entanto, eu tinha que dizer a ela o que estava pensando. Eu queria o divórcio. E abordei o assunto calmamente.

Ela não parecia irritada pelas minhas palavras e simplesmente perguntou em voz baixa: "Por quê?"

Eu evitei respondê-la, o que a deixou muito brava. Ela jogou os talheres longe e gritou "você não é homem!" Naquela noite, nós não conversamos mais. Pude ouvi-la chorando. Eu sabia que ela queria um motivo para o fim do nosso casamento. Mas eu não tinha uma resposta satisfatória para esta pergunta. O meu coração não pertencia a ela mais e sim a Jane. Eu simplesmente não a amava mais, sentia pena dela.

Me sentindo muito culpado, rascunhei um acordo de divórcio, deixando para ela a casa, nosso carro e 30% das ações da minha empresa.

Ela tomou o papel da minha mão e o rasgou violentamente. A mulher com quem vivi pelos últimos 10 anos se tornou uma estranha para mim. Eu fiquei com dó deste desperdício de tempo e energia mas eu não voltaria atrás do que disse, pois amava a Jane profundamente. Finalmente ela começou a chorar alto na minha frente, o que já era esperado. Eu me senti libertado enquanto ela chorava. A minha obsessão por divórcio nas últimas semanas finalmente se materializava e o fim estava mais perto agora.

No dia seguinte, eu cheguei em casa tarde e a encontrei sentada na mesa escrevendo. Eu não jantei, fui direto para a cama e dormi imediatamente, pois estava cansado depois de ter passado o dia com a Jane.

Quando acordei no meio da noite, ela ainda estava sentada à mesa, escrevendo. Eu a ignorei e voltei a dormir.

Na manhã seguinte, ela me apresentou suas condições: ela não queria nada meu, mas pedia um mês de prazo para conceder o divórcio. Ela pediu que durante os próximos 30 dias a gente tentasse viver juntos de forma mais natural possível. As suas razões eram simples: o nosso filho faria seus exames no próximo mês e precisava de um ambiente propício para preparar-se bem, sem os problemas de ter que lidar com o rompimento de seus pais.

Isso me pareceu razoável, mas ela acrescentou algo mais. Ela me lembrou do momento em que eu a carreguei para dentro da nossa casa no dia em que nos casamos e me pediu que durante os próximos 30 dias eu a carregasse para fora da casa todas as manhãs. Eu então percebi que ela estava completamente louca mas aceitei sua proposta para não tornar meus próximos dias ainda mais intoleráveis.

Eu contei para a Jane sobre o pedido da minha esposa e ela riu muito e achou a idéia totalmente absurda. "Ela pensa que impondo condições assim vai mudar alguma coisa; melhor ela encarar a situação e aceitar o divórcio" ,disse Jane em tom de gozação.

Minha esposa e eu não tínhamos nenhum contato físico havia muito tempo, então quando eu a carreguei para fora da casa no primeiro dia, foi totalmente estranho. Nosso filho nos aplaudiu dizendo "O papai está carregando a mamãe no colo!" Suas palavras me causaram constrangimento. Do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa, eu devo ter caminhado uns 10 metros carregando minha esposa no colo. Ela fechou os olhos e disse baixinho "Não conte para o nosso filho sobre o divórcio" Eu balancei a cabeça mesmo discordando e então a coloquei no chão assim que atravessamos a porta de entrada da casa. Ela foi pegar o ônibus para o trabalho e eu dirigi para o escritório.

No segundo dia, foi mais fácil para nós dois. Ela se apoiou no meu peito, eu senti o cheiro do perfume que ela usava. Eu então percebi que há muito tempo não prestava atenção a essa mulher. Ela certamente tinha envelhecido nestes últimos 10 anos, havia rugas no seu rosto, seu cabelo estava ficando fino e grisalho. O nosso casamento teve muito impacto nela. Por uns segundos, cheguei a pensar no que havia feito para ela estar neste estado.

No quarto dia, quando eu a levantei, senti uma certa intimidade maior com o corpo dela. Esta mulher havia dedicado 10 anos da vida dela a mim.

No quinto dia, a mesma coisa. Eu não disse nada a Jane, mas ficava a cada dia mais fácil carregá-la do nosso quarto à porta da casa. Talvez meus músculos estejam mais firmes com o exercício, pensei.

Certa manhã, ela estava tentando escolher um vestido. Ela experimentou uma série deles mas não conseguia achar um que servisse. Com um suspiro, ela disse "Todos os meus vestidos estão grandes para mim". Eu então percebi que ela realmente havia emagrecido bastante, daí a facilidade em carregá-la nos últimos dias.

A realidade caiu sobre mim com uma ponta de remorso... ela carrega tanta dor e tristeza em seu coração..... Instintivamente, eu estiquei o braço e toquei seus cabelos.

Nosso filho entrou no quarto neste momento e disse "Pai, está na hora de você carregar a mamãe". Para ele, ver seu pai carregando sua mão todas as manhãs tornou-se parte da rotina da casa. Minha esposa abraçou nosso filho e o segurou em seus braços por alguns longos segundos. Eu tive que sair de perto, temendo mudar de idéia agora que estava tão perto do meu objetivo. Em seguida, eu a carreguei em meus braços, do quarto para a sala, da sala para a porta de entrada da casa. Sua mão repousava em meu pescoço. Eu a segurei firme contra o meu corpo. Lembrei-me do dia do nosso casamento.

Mas o seu corpo tão magro me deixou triste. No último dia, quando eu a segurei em meus braços, por algum motivo não conseguia mover minhas pernas. Nosso filho já tinha ido para a escola e eu me vi pronunciando estas palavras: "Eu não percebi o quanto perdemos a nossa intimidade com o tempo".

Eu não consegui dirigir para o trabalho.... fui até o meu novo futuro endereço, saí do carro apressadamente, com medo de mudar de idéia...Subi as escadas e bati na porta do quarto. A Jane abriu a porta e eu disse a ela "Desculpe, Jane. Eu não quero mais me divorciar".

Ela olhou para mim sem acreditar e tocou na minha testa "Você está com febre?" Eu tirei sua mão da minha testa e repeti "Desculpe, Jane. Eu não vou me divorciar. Meu casamento ficou chato porque nós não soubemos valorizar os pequenos detalhes da nossa vida e não por falta de amor. Agora eu percebi que desde o dia em que carreguei minha esposa no dia do nosso casamento para nossa casa, eu devo segurá-la até que a morte nos separe.

A Jane então percebeu que era sério. Me deu um tapa no rosto, bateu a porta na minha cara e pude ouví-la chorando compulsivamente. Eu voltei para o carro e fui trabalhar.

Na loja de flores, no caminho de volta para casa, eu comprei um buquê de rosas para minha esposa. A atendente me perguntou o que eu gostaria de escrever no cartão. Eu sorri e escrevi: "Eu te carregarei em meus braços todas as manhãs até que a morte nos separe".

Naquela noite, quando cheguei em casa, com um buquê de flores na mão e um grande sorriso no rosto, fui direto para o nosso quarto onde encontrei minha esposa deitada na cama - morta.
Minha esposa estava com câncer e vinha se tratando a vários meses, mas eu estava muito ocupado com a Jane para perceber que havia algo errado com ela. Ela sabia que morreria em breve e quis poupar nosso filho dos efeitos de um divórcio - e prolongou a nossa vida juntos proporcionando ao nosso filho a imagem de nós dois juntos toda manhã. Pelo menos aos olhos do meu filho, eu sou um marido carinhoso.

Os pequenos detalhes de nossa vida são o que realmente contam num relacionamento. Não é a mansão, o carro, as propriedades, o dinheiro no banco. Estes bens criam um ambiente propício a felicidade mas não proporcionam mais do que conforto. Portanto, encontre tempo para ser amigo de sua esposa, faça pequenas coisas um para o outro para mantê-los próximos e íntimos. Tenham um casamento real e feliz!

Se você não dividir isso com alguém, nada vai te acontecer.

Mas se escolher enviar para alguém, talvez salve um casamento.
Muitos fracassados na vida são pessoas que não perceberam que estavam tão perto do sucesso e preferiram desistir..

UM CASAMENTO CENTRADO EM MASHIACH É UM CASAMENTO QUE DURA UMA VIDA TODA.

Autoria desconhecida - Colaboração Yonatan (Lusmar)

domingo, 15 de agosto de 2010

Casar-me com quem?

Para se construir um lar judaico e ter a segurança de que nossos filhos serão parte de nosso povo e de nossa fé, esta pergunta, sem dúvidas, passa a ter muito mais sentido.
O Eterno deixou claro na Torah que, a mistura de seus filhos com os gentios, os faria desviar-se dEle, como de fato foi comprovado em acontecimentos futuros.
È comentados que, o incidente do bezerro de ouro, teve a ver com a mistura de gente que acompanhou a Israel em sua saída do Egito.

“Assim, partiram os filhos de Israel de Ramessés para Sucote, coisa de seiscentos mil de pé, somente de varões, sem contar os meninos. E subiu também com eles uma mistura de gente, e ovelhas, e vacas, uma grande multidão de gado.” (Ex. 12:37, 38) Ver cap. 32:7, 8. Ver Comentários Torah Sefer Pgs. 260, 261.

Mais tarde, por influência de Bilam, o advinho, nosso povo se envolveu em prostituição com as filhas de Moab e na sequente morte de 24 mil, pela ira de HaShem. Se desejarmos que nossa fé morra conosco, basta que nos casemos com goim. O envolvimento com eles sempre resultou no desvio da Torah e na participação na religião e no culto aos ídolos:

“E Israel deteve-se em Sitim, e o povo começou a prostituir-se com as filhas dos moabitas. Estas convidaram o povo aos sacrifícios dos seus deuses; e o povo comeu e inclinou-se aos seus deuses. Juntando-se, pois, Israel a Baal-Peor, a ira do SENHOR se acendeu contra Israel. (Nm 25:1-3)
“E Moisés disse-lhes: Deixastes viver todas as mulheres? Eis que estas foram as que, por conselho de Balaão, deram ocasião aos filhos de Israel de prevaricar contra o SENHOR, no negócio de Peor, pelo que houve aquela praga entre a congregação do SENHOR.” (Nm 31:15, 16)

A separação dos judeus dos demais povos sempre teve uma razão de ser (comidas impróprias, costumes culturais, religião, deuses, pureza familiar, educação dos filhos, etc) e isto foi o mesmo entendimento na Kehilah do primeiro século:

“A quem se dirigiu, dizendo: Vós bem sabeis que é proibido a um judeu ajuntar-se ou mesmo aproximar-se a alguém de outra raça; mas Deus me demonstrou que a nenhum homem considerasse comum ou imundo. (Atos 10:28)
“Entraste em casa de homens incircuncisos e comeste com eles. (Atos 11:3)
“Guardai, pois, todos os meus estatutos e todos os meus juízos e cumpri-os, para que vos não vomite a terra, para a qual eu vos levo para habitar nela.
E não andeis nos estatutos da gente que eu lanço fora de diante da vossa face, porque fizeram todas estas coisas; portanto, fui enfadado deles. Fareis, pois, distinção entre os animais limpos e os imundos e entre as aves imundas e as limpas; não vos façais abomináveis por causa dos animais, ou das aves, ou de tudo o que se arrasta sobre a terra, as quais coisas apartei de vós, para tê-las por imundas. Ser-me-eis santos, porque eu, o SENHOR, sou santo e separei-vos dos povos, para serdes meus.” (Lv 20:22-26)

No caso de se aparentar com gentios, a coisa se torna muito séria, pois desviaria o povo do D-us verdadeiro para os ídolos e para seus estatutos (normas de vida):

“Quando o SENHOR, teu Deus, te introduzir na terra a qual passas a possuir, e tiver lançado muitas nações de diante de ti, os heteus, e os girgaseus, e os amorreus, e os cananeus, e os ferezeus, e os heveus, e os jebuseus, sete nações mais numerosas e mais poderosas do que tu; e o SENHOR, teu Deus, as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás; não farás com elas aliança, nem terás piedade delas; nem contrairás matrimônio com os filhos dessas nações; não darás tuas filhas a seus filhos, nem tomarás suas filhas para teus filhos; pois elas fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses; e a ira do SENHOR se acenderia contra vós outros e depressa vos destruiria.” (Dt 7:1-4).
“Para que não faças aliança com os moradores da terra; não suceda que, em se prostituindo eles com os deuses e lhes sacrificando, alguém te convide, e comas dos seus sacrifícios e tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos, e suas filhas, prostituindo-se com seus deuses, façam que também os teus filhos se prostituam com seus deuses.” (Êxodo 34:15, 16)

O pagão se mostra, muitas vezes, social, e quer se aparentar conosco:

“Aparentai-vos conosco, dai-nos as vossas filhas e tomai as nossas filhas para vós; e habitareis conosco; e a terra estará diante da vossa face; habitai, e negociai nela, e tomai possessão nela.” (Gn 34:9, 10)


Alertamos para o perigo que correm os que, mesmo depois de se unirem ao nosso povo mediante a tevilah, ainda querem frequentar as antigas religiões, as vezes por serem isolados e por sentirem falta de um ambiente social congregacional, pensando que não se deixarão afetar. Grande engano! Tudo que nosso inimigo precisa e deste tempo e oportunidade. O melhor, neste caso é ficar só em casa e, se possível, acompanhar os serviços ao vivo transmitidos pela internete. Não se interesse e nem pergunte nada sobre sua religião, pelo que sucede lá (curas, sinais, prosperidade):

“Não farás aliança nenhuma com eles, nem com os seus deuses.” (Êx 23:32)
“Para que não faças aliança com os moradores da terra; não suceda que, em se prostituindo eles com os deuses e lhes sacrificando, alguém te convide, e comas dos seus sacrifícios.” (Ex 34:15)
“ Guarda-te, não te enlaces com imitá-las, após terem sido destruídas diante de ti; e que não indagues acerca dos seus deuses, dizendo: Assim como serviram estas nações aos seus deuses, do mesmo modo também farei eu.” (Dt 12:30)

Este envolvimento e estas coisas funcionam como laço, como armadilha:

“ Eles não habitarão na tua terra, para que te não façam pecar contra mim; se servires aos seus deuses, isso te será cilada.” (Êxodo 23:33)
“ Porque, se dele vos desviardes e vos apegardes ao restante destas nações ainda em vosso meio, e com elas vos aparentardes, e com elas vos misturardes, e elas convosco,” sabei, certamente, que o SENHOR, vosso Deus, não expulsará mais estas nações de vossa presença, mas vos serão por laço e rede, e açoite às vossas ilhargas, e espinhos aos vossos olhos, até que pereçais nesta boa terra que vos deu o SENHOR, vosso Deus.” (Josué 23:12, 13)
“Tomaram de suas filhas para si por mulheres e deram as suas próprias aos filhos deles; e rendiam culto a seus deuses.” (Juízes 3:6)
“Mulheres das nações de que havia o SENHOR dito aos filhos de Israel: Não caseis com elas, nem casem elas convosco, pois vos perverteriam o coração, para seguirdes os seus deuses. A estas se apegou Salomão pelo amor.” (1 Reis 11:2)

Salomão, um dos mais sábios de nosso povo teve problemas por ter entre suas concubinas, mulheres gentias. Veja o que aconteceu:

“ Ora, além da filha de Faraó, amou Salomão muitas mulheres estrangeiras: moabitas, amonitas, edomitas, sidônias e hetéias, Assim fez para com todas as suas mulheres estrangeiras, as quais queimavam incenso e sacrificavam a seus deuses.” (1 Reis 11:1, 8)
“ Não pecou nisto Salomão, rei de Israel? Todavia, entre muitas nações não havia rei semelhante a ele, e ele era amado do seu Deus, e Deus o constituiu rei sobre todo o Israel. Não obstante isso, as mulheres estrangeiras o fizeram cair no pecado.” (Neemias 13:26)

Na reconstrução do Templo e do culto, famílias constituídas de casamento misto, foram um sério entrave para Ezrah e Nechemiah:

“ Acabadas, pois, estas coisas, vieram ter comigo os príncipes, dizendo: O povo de Israel, e os sacerdotes, e os levitas não se separaram dos povos de outras terras com as suas abominações, isto é, dos cananeus, dos heteus, dos ferezeus, dos jebuseus, dos amonitas, dos moabitas, dos egípcios e dos amorreus. “ (Esdras 9:1)
“ Então, Secanias, filho de Jeiel, um dos filhos de Elão, tomou a palavra e disse a Esdras: Nós temos transgredido contra o nosso Deus, casando com mulheres estrangeiras, dos povos de outras terras, mas, no tocante a isto, ainda há esperança para Israel.” (Esdras 10:2 )
“ Então, se levantou Esdras, o sacerdote, e lhes disse: Vós transgredistes casando-vos com mulheres estrangeiras, aumentando a culpa de Israel. 11 Agora, pois, fazei confissão ao SENHOR, Deus de vossos pais, e fazei o que é do seu agrado; separai-vos dos povos de outras terras e das mulheres estrangeiras. 14 Ora, que os nossos príncipes decidam por toda a congregação, e que venham a eles em tempos determinados todos os que em nossas cidades casaram com mulheres estrangeiras, e com estes os anciãos de cada cidade, e os seus juízes, até que desviemos de nós o brasume da ira do nosso Deus, por esta coisa. 17 e o concluíram no dia primeiro do primeiro mês, a respeito de todos os homens que casaram com mulheres estrangeiras.” 18 Acharam-se dentre os filhos dos sacerdotes estes, que casaram com mulheres estrangeiras: dos filhos de Jesua, filho de Jozadaque, e de seus irmãos: Maaséias, Eliézer, Jaribe e Gedalias. 19 Com um aperto de mão, prometeram despedir suas mulheres e, por serem culpados, ofereceram um carneiro do rebanho pela sua culpa. (Esdras 10:10, 11, 14, 17, 18, 19)
“ Todos estes haviam tomado mulheres estrangeiras, alguns dos quais tinham filhos destas mulheres.” (Esdras 10:44)
“Não pecou nisto Salomão, rei de Israel? Todavia, entre muitas nações não havia rei semelhante a ele, e ele era amado do seu Deus, e Deus o constituiu rei sobre todo o Israel. Não obstante isso, as mulheres estrangeiras o fizeram cair no pecado. 27 Dar-vos-íamos nós ouvidos, para fazermos todo este grande mal, prevaricando contra o nosso Deus, casando com mulheres estrangeiras?” (Neemias 13:26)
“Todos estes haviam tomado mulheres estrangeiras, alguns dos quais tinham filhos destas mulheres.” (Esdras 10:44)
“Firmemente aderiram a seus irmãos; seus nobres convieram, numa imprecação e num juramento, de que andariam na Lei de Deus, que foi dada por intermédio de Moisés, servo de Deus, de que guardariam e cumpririam todos os mandamentos do SENHOR, nosso Deus, e os seus juízos e os seus estatutos; 30 de que não dariam as suas filhas aos povos da terra, nem tomariam as filhas deles para os seus filhos;” (Ne 10:29, 30)
“Ouvindo eles, o povo, esta lei, apartaram de Israel todo elemento misto.” (Ne 13:3)
“Vi também, naqueles dias, que judeus haviam casado com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas. 24 Seus filhos falavam meio asdodita e não sabiam falar judaico, mas a língua de seu respectivo povo. 25 Contendi com eles, e os amaldiçoei, e espanquei alguns deles, e lhes arranquei os cabelos, e os conjurei por Deus, dizendo: Não dareis mais vossas filhas a seus filhos e não tomareis mais suas filhas, nem para vossos filhos nem para vós mesmos. 26 Não pecou nisto Salomão, rei de Israel? Todavia, entre muitas nações não havia rei semelhante a ele, e ele era amado do seu Deus, e Deus o constituiu rei sobre todo o Israel. Não obstante isso, as mulheres estrangeiras o fizeram cair no pecado. 27 Dar-vos-íamos nós ouvidos, para fazermos todo este grande mal, prevaricando contra o nosso Deus, casando com mulheres estrangeiras? 30 Limpei-os, pois, de toda estrangeirice e designei o serviço dos sacerdotes e dos levitas, cada um no seu mister.” (Ne 13:23-27, 30)

Vejamos como pensava Abraão e sua nora Rebeca:

“Disse Abraão ao seu mais antigo servo da casa, que governava tudo o que possuía: Põe a mão por baixo da minha coxa, 3 para que eu te faça jurar pelo SENHOR, Deus do céu e da terra, que não tomarás esposa para meu filho das filhas dos cananeus, entre os quais habito; 4 mas irás à minha parentela e daí tomarás esposa para Isaque, meu filho. 5 Disse-lhe o servo: Talvez não queira a mulher seguir-me para esta terra; nesse caso, levarei teu filho à terra donde saíste? 6 Respondeu-lhe Abraão: Cautela! Não faças voltar para lá meu filho. 7 O SENHOR, Deus do céu, que me tirou da casa de meu pai e de minha terra natal, e que me falou, e jurou, dizendo: À tua descendência darei esta terra, ele enviará o seu anjo, que te há de preceder, e tomarás de lá esposa para meu filho. 8 Caso a mulher não queira seguir-te, ficarás desobrigado do teu juramento; entretanto, não levarás para lá meu filho. 9 Com isso, pôs o servo a mão por baixo da coxa de Abraão, seu senhor, e jurou fazer segundo o resolvido. 37 E meu senhor me fez jurar, dizendo: Não tomarás esposa para meu filho das mulheres dos cananeus, em cuja terra habito.” (Gênesis 24:2-9, 37)
“Disse Rebeca a Isaque: Aborrecida estou da minha vida, por causa das filhas de Hete; se Jacó tomar esposa dentre as filhas de Hete, tais como estas, as filhas desta terra, de que me servirá a vida?” (Gênesis 27:46)
“Vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram para si mulheres, as que, entre todas, mais lhes agradaram.” (Gênesis 6:2)

Não dar espaço, ser prudente e vigiar sempre. Um momento de distração com os gentios pode ser fatal

Todos sabem da prudência do jovem José, da forma como ele via o adultério (tamanho mal) e da rapidez na tomada de atitude com a esposa de Potifar, no Egito.
Já a jovem Diná não teve a mesma precaução e decidiu sair só pra ver as filhas da terra e veja no que resultou:

“Ora, Diná, filha que Lia dera à luz a Jacó, saiu para ver as filhas da terra.”
“Viu-a Siquém, filho do heveu Hamor, que era príncipe daquela terra, e, tomando-a, a possuiu e assim a humilhou.” (Gênesis 34:1, 2)

Não precisou de muitos dias, muito tempo. Um simples passeio e uma oportunidade para que um goy lhe tirasse o que ela mais tinha de valor. E as consequências vieram, com a indignação de seus irmãos:

“Vindo os filhos de Jacó do campo e ouvindo o que acontecera, indignaram-se e muito se iraram, pois Siquém praticara um desatino em Israel, violentando a filha de Jacó, o que se não devia fazer. 14 E disseram-lhes: Não podemos fazer isso, que déssemos a nossa irmã a um varão não-circuncidado; porque isso seria uma vergonha para nós. 24 E deram ouvidos a Hamor e a Siquém, seu filho, todos os que saíam da porta da cidade; e foi circuncidado todo macho, de todos os que saíam pela porta da sua cidade. 25 E aconteceu que, ao terceiro dia, quando estavam com a mais violenta dor, dois filhos de Jacó, Simeão e Levi, irmãos de Diná, tomaram cada um a sua espada, e entraram afoitamente na cidade, e mataram todo macho. 26 Mataram também a fio de espada a Hamor, e a seu filho Siquém; e tomaram Diná da casa de Siquém e saíram.” ((Gênesis 34:7, 14, 24-26).

Ninguém pode se achar suficientemente forte pra lidar com estas situações. Muitos, de nossos antepassados, acabaram por cair, ao se expor e pela auto confiança. O melhor é a prudência de José. Mesmo que um casal de namorados seja da Congregação, todo o cuidado é pouco. A permissão para liberdade e intimidados pode levar ao ilícito e daí vai tudo pelos ares: A bênção de uma cerimônia com a graça de Hashem, a festa, os amigos e a garantia de uma vida de casados com a bênção de HaShem. Vale a prudência e a paciência!

Devo definitivamente me isolar dos goim?

Você pode perguntar? Neste caso devo me isolar de tudo e de todos? Não posso ir a um aniversário de amigos ou a um evento social ou uma festinha da empresa em que trabalho? É obvio que pode ir sim, mas que se preserve de qualquer transgressão, dando testemunho discreto de sua fé:

“Isso não quer dizer absolutamente com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque então vos seria necessário sair do mundo.” (1 Cor. 5:10)
“Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.” (João 17:15)

Temos que viver entre os gentios, já que estamos distante de nossa terra, sem, no entanto, imitá-los, viver como eles ou ser como eles. De forma amável, prudente e discreta podemos e devemos nos relacionar com todos, pois como disse Shaul, doutra forma teríamos que “sair do mundo”..

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Casamento Judaico

Casamento Judaico
Por Yishai ben Yehudah

Por que casar-se?

No mundo moderno, casamento civil ou religioso não é mais nenhuma garantia de estabilidade e já começa com prazo de validade vencido. Já é comum o fato de muitos preferirem não se casar, já que entram num relacionamento com total insegurança.

Como Deus vê esta atitude?

Primeiramente o Eterno demonstrou seu desejo de ver-nos casados ao dizer “Não é bom que o homem esteja só.” :
“Depois o SENHOR disse: —Não é bom que o homem viva sozinho. Vou fazer para ele alguém que o ajude como se fosse a sua outra metade. “ (Gn 2:18 BLH).

Adão foi a primeira criatura perfeita e foi dividido em dois, o que demonstra que um casal representa a perfeição do ser humano. Ao unirem-se, outra maravilha sucede: além do prazer, o milagre da procriação, juntando num único ser as características genéticas de seus pais e prolongando assim sua existência. Nós nos perpetuamos por meio de nossos filhos, daí mais uma razão ou a principal razão de os termos. Que nosso nome e memória, não se apaguem!

O sexo não é e nunca foi pecado, desde que praticado dentro dos princípios de santificação e segundo os propósitos divinos. A procriação e o prazer entre marido e mulher são seus objetivos principais. Não deve ser feito segundo os rituais e fantasias de depravados pecadores. Conheci uma pessoa que me dizia que orava em agradecimento a Deus, após relacionar-se com sua esposa.
Mais a frente, vamos também falar do tempo para o relacionamento, o que faz parte da santificação e que nos difere dos demais povos.

Nos casamos também para fugirmos da prostituição, já que por natureza dependemos um do outro e não queremos pecar. Shaul HaShaliach fala disto, colocando bem claro os compromissos a serem assumidos pelos que entram no casamento e dá suas explicações.
Recomendamos que, se alguém, de alguma maneira não se sente capaz de cumprí-los, que não busque casamento, pois isto faz parte do contrato matrimonial. Entre estes, mencionamos os que nasceram ou se sentem “eunucos”, sem atração pelo sexo oposto.
Ninguém tem o direito de fazer o outro infeliz. Aproveito para acrescentar que “ninguém” nasce homossexual e que isto é um desvio de conduta moral. Ninguém precisa partir pra isto, como ninguém precisa viciar-se em drogas.

“Pois esta é a vontade de Deus: a vossa santificação, que vos abstenhais da prostituição; (1 Ts 4:3)
“ Mas, por causa da prostituição, cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido.” (1 Coríntios 7:2)
“Que vos abstenhais das coisas sacrificadas a ídolos, bem como do sangue, da carne de animais sufocados e das relações sexuais ilícitas; destas coisas fareis bem se vos guardardes. Saúde.” (Atos 15:29)
“Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria. “ (Colossenses 3:5)
“Não sabeis que os vossos corpos são membros de Cristo? E eu, porventura, tomaria os membros de Cristo e os faria membros de meretriz? Absolutamente, não. Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne. Mas aquele que se une ao Senhor é um espírito com ele. Fugi da prostituição. Todo pecado que o homem comete é fora do corpo; mas o que se prostitui peca contra o seu próprio corpo.” ( 1Co 6:15-19).
“ Ora, as obras da carne são conhecidas e são: prostituição, impureza, lascívia...” (Gálatas 5:19 )

Convém deixar bem claro que, sexo extra conjugal, fora do casamento, é pecado! Nosso corpo é e deve ser sempre, o templo ou morada de Deus em Espírito. O namoro deve pautar-se pelo respeito à pureza e no propósito de se chegarem à presença do Eterno em santificação, para terem por Ele, na cerimônia matrimonial Sua bênção, o que não ocorre com aqueles que se apressam em correr para o mal.

Não podemos minimizar a gravidade destes envolvimentos extra conjugais e relações ilícitas, como se fossem “normais”. Não são! São atos pecaminosos e graves diante de Hashem. E também temos que entender que casamento é somente a união feita por Deus oficialmente diante da Kehilah, na cerimônia matrimonial. Mesmo o casamento civil, não é válido sozinho. O resto é ilícito.
A quebra destes princípios, em nosso caso, desobriga nossos líderes de fazer cerimonia de quem quer que seja. Cabe aos pais e a liderança da Kehilah observar com responsabilidade e passar ao casamenteiro o comportamento dos pretendentes uma cerimônia de casamento.

Lembremo-nos do corajoso Pinechás que, num ato de bravura, pôs fim à orgia entre nossos irmãos no passado que vitimou a morte de 24 mil homens.
“Vendo isso Finéias, filho de Eleazar, filho de Arão, o sacerdote, se levantou do meio da congregação e tomou uma lança na sua mão; e foi após o varão israelita até à tenda e os atravessou a ambos, ao varão israelita e à mulher, pela sua barriga; então, a praga cessou de sobre os filhos de Israel. E os que morreram daquela praga foram vinte e quatro mil.” (Nm 25:7-9)

O jovem José, no Egito, também viu como grave, uma situação de sexo ilícito:

“ Ninguém há maior do que eu nesta casa, e nenhuma coisa me vedou, senão a ti, porquanto tu és sua mulher; como, pois, faria eu este tamanho mal e pecaria contra Deus?” (Gênesis 39:9)

A violação da virgindade de Dinah e seu envolvimento com um goy foi considerada doidice e duramente cobrada:
“E vieram os filhos de Jacó do campo; e, ouvindo isso, entristeceram-se os varões e iraram-se muito, pois aquele fizera doidice em Israel, deitando-se com a filha de Jacó, o que não se devia fazer assim. Então, responderam os filhos de Jacó a Siquém e a Hamor, seu pai, enganosamente, e falaram, porquanto havia contaminado a Diná, sua irmã. E aconteceu que, ao terceiro dia, quando estavam com a mais violenta dor, dois filhos de Jacó, Simeão e Levi, irmãos de Diná, tomaram cada um a sua espada, e entraram afoitamente na cidade, e mataram todo macho. Mataram também a fio de espada a Hamor, e a seu filho Siquém; e tomaram Diná da casa de Siquém e saíram.” . (Gn 34:7, 13, 25 e 26)

Para Siquém aquilo era uma coisa normal, como hoje o é para os pecadores.
Ser um israelita é ser parte do povo e ver as coisas como nosso povo a viam.
Finalizamos esta primeira parte, resumindo em quatro as principais razões para o casamento:

1. Agradar a Deus, voltando a condição de unidade;
2. Procriação (Continuar sua existência);
3. Prazer e alegria do casal
4. Não pecar (prostituir, adulterar).

Na sequência, falaremos de como escolher ou encontrar a alma gêmea e do papel fundamental e indispensável, do Shadcham, o casamenteiro.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Parashat Ha Shavuah

Shabat 4 de Elul de 5770, 14/08/2010 Parashat HaShavuah 48/Shofetim (Juízes) Dt.16:18 Haftarah, Is 51:12-52:12. O Encontro Le Ached, em Caieiras foi um sucesso!

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Casamento no Judaismo

No Judaismo, o casamento é chamado de NISSUIN, que significa elevação, e também de KIDUSHIN, que Quer dizer santificação. De acordo com a Torah, o casamento não é apenas uma convenção social, uma concessão aos nossosinstintos ou algo necessário para a procriação. pelo contrário, ele constitui um meio de elevação espiritual e um canal de santificação. Já diziam nossos Sábios que uma pessoa só é completa quando está casada. Até o homem mais elevado, o Cohen Gadol (sumo sacerdote), única pessoa a ter acesso a câmara sagrada do Kodesh Hakodashim, e mesmo assim no dia de Yom Kipur, tinha obrigatoriamente de ser casado. Isso demonstra que o casamento é uma condição indispensável para o ser humano alcançar a plenitude e a realização espiritual. Dentro desse local, o mais sagrado no Templo, encontrava-se a Arca que continha a Torah e as tábuas da lei. Assim deve ser o casamento: a casa é um Santuário, o lar é um Templo, ao qual marido e mulher, apoiados nas orientações da Torah e Mitzvot, atraem a presença Divina. A família representa o que há de mais sagrado no Judaísmo. Para tanto, porém, é necessário que reinem paz e harmonia no lar.

Colaboração blog Kehilat Tucuruvi

A visão Judaica da sexualidade

As relações físicas, tão cruciais para um casamento, estão sendo banalizadas e abordadas de forma irresponsável. As fronteiras que delimitavam a separação entre o íntimo e o público parecem não mais existir. A palavra hebraica para intimidade sexual é yichud, que significa privacidade. Esta noção de privacidade fazia com que, nas comunidades judaicas, a educação sexual fosse transmitida de mãe para filha e de mestre para aluno. Atualmente, em alguns casos, esta corrente de transmissão foi interrompida e muitos judeus desconhecem a visão judaica da sexualidade. A maioria das pessoas surpreende-se quando descobre que o judaísmo encoraja as relações sexuais entre um casal, não só para procriação, mas também para o prazer. isto, porem dentro de limites fixados pela Torah sobre "com quem e quando".
As Leis de Nidá

A maioria dos judeus conhece pelo menos os conceitos básicos das várias Leis Judaicas, como por exemplo, o shabat, o Yom Kipur. Porém, muitos desconhecem as leis da Torah que tratam das relações íntimas entre marido e mulher ou as consideram "costumes antiquados". Estas leis, tão antigas quanto sagradas, tão importantes quanto esquecidas, são mandamentos bíblicos da maior importância. Sua transgressão equivale a não efetuar a guarda do Shabat ou a não jejuar propositadamente em Yom Kipur. As leis fazem parte da categoria de Decretos Divinos, dos quais nem sempre o homem pode compreender o total significado, mas que afetam a alma em seus níveis mais profundos.
Estes Decretos Divinos proíbem, basicamente, o contato físico entre um casal durante o período menstrual da mulher, estendendo a proibição por sete dias após seu término. Ao termino destes dias, a mulher passa por um ritual chamado "Micvê" banho da purificação. Após esse banho, o contato íntimo entre o casal volta a ser permitido. A função do micvê está em seu poder de transformação espiritual, em seu poder de renovação.
As leis que tratam das relações íntimas entre um casal são chamadas de Nidá e nos referimos ao conjunto de leis como Taharat Hamishpachá (Pureza Familiar). Basicamente, a cada ciclo, a mulher muda de status tanto espiritual quanto físico. Passa de um plano em que possui um potencial criativo para outro, no qual, ao ocorrer a menstruação, este potencial desaparece. Esta alteração na mulher implica numa mudança no relacionamento do casal. É um período de total afastamento físico, chamado em hebraico de Nidá, que significa "separado". O banho do micvê faz com que, espiritualmente, a mulher mude novamente de status, podendo assim voltar a ter relações íntimas com seu marido, até o ínicio do próximo ciclo.
Percebe-se, portanto, que, em termos físicos, o ritmo do casamento judaico é estabelecido por algo totalmente externo à vontade do casal: o ritmo biológico da mulher. Cabe a ela, e somente a ela, o controle dessa área tão importante da vida judaica. Santificando seu corpo e sua vida sexual, trará santidade ao seu relacionamento e, consequentemente, a todo seu lar. foi sugerido que, observando estas leis, o nível de percepção espiritual que a mulher atinge com o seu corpo é semelhante ao dos homens quando usam Talit e Tefilin.
As pessoas não familiarizadas com as leis de Nidá podem incorrer no erro de compará-las a antigos tabus presentes em varias sociedades, nas quais a mulher menstruada era discriminadas ou banidas do convívio social. Portanto, tais pessoas consideram as leis, além de arcaicas e primitivas, discriminatórias contra a mulher e aceitáveis só em épocas em que havia falta de higiene. No entanto, estas leis não têm nenhuma relação com higiene física. Prova disso é o fato de ser obrigatório para quem quiser banhar-se no micvê uma escrupulosa limpeza física antes do banho. Maimônides rejeitava com veemência as crenças e superstições sobre a menstruação, salientando o conteúdo espiritual dos ensinamentos judaicos.
À primeira vista, as leis parecem transmitir só restrições e uma perda de liberdade. Mas ao serem analisadas com mais profundidade, percebe-se uma formula que preserva, dentro do casamento, tanto o amor físico e emocional do casal, quanto o "espaço" de cada um. o relacionamento sexual é importante, porém não é o único componente do casamento, e as leis ensinam a ver "o outro" como um ser importante, com o seu próprio valor, sua individualidade, suas necessidades.

Colaboração blog Kehilat Tucuruvi

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Parashat HaShavuah

A porção semanal da Torah, Parashat HaShavuah para o próximo Shabat, dia 7/8 - 27 de Av de 5770 é a de nº 47: Reê (Vede) - Deut. 11:26 - 16:17 e a Haftarah, Isaias 54:11 - 55:5.
This week's Torah reading (parashah or parsha) is: Re-eh: Deuteronomy 11:26 - 16:17.
The Haftarah is Isaiah 54:11 - 55:5

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Nossa História


Não poderia responder ao amigo Avraham sem antes retroceder no tempo. Na verdade, desde minha infância, fui religioso. Em 1963, aos 17 anos de idade, tomei uma decisão de servir ao Eterno, mas diferentemente, eu era muito exigente e zeloso e sempre busquei pela verdade, não me conformando por muito tempo com o que me era oferecido onde comecei. Nunca mudei-me destes propósitos e nunca tolerei gente de má indole, dissimulada.

Em 1978, eu já me tornara um líder religioso. O interesse e a dedicação pelo inglês e espanhol tiveram um grande significado em minha vida e ministério e refletiram muito no meu chamado. Neste ano, residindo em Pindamonhangaba - SP, decidi procurar, a nível internacional, por algo mais no campo religioso e, depois de muito e exaustivo esforço, encontrei um movimento nos U.S.A., México e Canadá com os quais estreitamos relações e aprendemos muito. No ano seguinte, dois líderes estiveram conosco em Cruzeiro - SP e, doravante, fizemos um acordo e intensificamos os estudos.

Tudo isto que hoje sabemos de escatologia, inclusive os temas que você perguntou, meu filho Abiezer e eu levamos cerca de cinco anos estudando e traduzindo para o português. Em muitos encontros ou congressos ministeriais, era comum eu estar com publicações em Inglês nas mãos, enquanto as traduzia e ministrava instantaneamente para nossos líderes. O primeiro estudo impresso apareceu em forma de apostila alguns anos depois.

Posso afirmar com segurança que, neste país, NINGUEM tinha estes estudos ou tal conhecimento; fomos os pioneiros, sem dúvida alguma. Isto foi exclusivo de nossa Congregação e de mais ninguém. Por muitos anos lideramos e alcançamos muitas e muitas vidas, por meio do Rádio, meio de comunicação eficiente na época e principal responsável pela nossa expansão, pela conversão e luz de muitos, inclusive de atuais dissidentes que hoje se gloriam do que sabem, mas se esquecem de que comeram em nossos pratos. TUDO o que sabem...devem a nós. Não descobriram ou aprenderam NADA, por si mesmos.

Sei que Shaul HaShaliach fala de filhos ingratos e chama-lhes a atenção, dizendo que poderiam ter muitos guias, mas pais, isto não! O mesmo digo eu. Muitos estão por aí, utilizando-se de nosso trabalho em seus estudos e publicações internas e via internete (em parte ou até no todo) e não nos dão o devido crédito por não quererem se sentir devedores ou para nos excluir de sua história.

Todavia, se lhes perguntarem a origem do que ensinam, por meio de quem estas coisas chegaram aos brasileiros, se obrigarão a confessar, uma vez que não lhes caiu do céu e nem tampouco veio por eles. A nossa originalidade e antiguidade ficam evidentes até pela data do CNPJ e de nosso registro em cartório, em 1982, na cidade de Campinas - SP. Tudo o que surgiu depois, é ramo! Isto não tem como negar!

Ademais, não bastasse o roubo intelectual e o desrespeito para com que lhes alimentou, muitos estão baseados em imóveis, legalmente pertencentes à nossa instituição (e CNPJ), fazendo cortesia, com chapéu alheio. Digo isto por que eles, quando entre nós, aprovaram o estatuto que dizia e diz que, "quem sai" perde o direito e deve devolver os bens em geral. Não duvide se, no estatuto deles, não tiver cláusulas similares, já que copiam tudo. Ou será que eles vão correr o risco de terem que entregar seus bens ao primeiro dissidente que lhes surgirem. Duvido! Você acha que Deus aprova os que pretendem representá-Lo agindo desta forma? O justo, segundo disse Davi, é aquele que, mesmo que jure com "dano próprio", não volta atrás. Poucos praticam o que pregam! Deus não aprova ir "contra a lei" e utilizar-se do alheio. Ou aprova? Estatuto também é lei... e reconhecida pelo governo!

A ingratidão pesa muito. Eles não tem muitos pais! Cedo ou tarde, seus fiéis poderão se despertar e perguntar? De onde veio este conhecimento? Foi uma revelação? Se estamos certos, por que Deus não mostrou estas verdades por meio de gente entre nós? O tempo se encarrega de revelar as pessoas e seu caráter. E aí, cumprir-se-á o ditado que diz que ninguém consegue enganar a todos por muito tempo!
Amigo Avraham, sobre nossos pais, leia você mesmo estas palavras de Paulo:

"Porque, ainda que tivésseis milhares de aios em Cristo, não teríeis, contudo, muitos pais; pois eu, pelo evangelho, vos gerei em Cristo Jesus." (1 Coríntios 4:15)

Tem coisa que não dá para mudar ou esconder para sempre.Respeitar nossos pais e autoridades, principalmente as estabelecidas por Deus, agrada ao Eterno.
Sempre ensinei que a Congregação do Eterno era dinâmica e como uma noiva. Ela não poderia parar no tempo! Tinha que se aperfeiçoar. E foi o que aconteceu! Estamos nos aprimorando, pois as bodas estão se aproximando, Infelizmente, muitos pararam no tempo, ficaram para trás e até retrocederam. Não fazem parte da noiva; não puderam permanecer. O que podemos fazer? Seguirmos em frente.
Num próximo contato, quero falar do judaísmo nas congregações no México e nos U.S.A. O incremento no processo de teshuvah ocorrido em 2004 não foi exclusivo do Brasil. Enganam-se os que não conhecem pessoalmente estas congregações. Aguarde!

Objetivo de meu Blog

Resolvi criar este blog para dar aos meus amigos notícias mais próximas do que fazemos ou do que sucede em nossa Kehilah. aqueles que desejarem deixar aqui comentários construtivos, serão sempre bem-vindos!